ufsm

Para reduzir custos, RU pode atender apenas estudantes com benefício socioeconômico

18.386

data-filename="retriever" style="width: 100%;">

Entre a cruz e a espada, a UFSM poderá, e isso não está descartado, ter que rever a forma de funcionamento do Restaurante Universitário (RU), no campus sede, em Santa Maria. Isso quer dizer que a instituição pode condicionar o acesso ao RU apenas àqueles alunos que contem com o chamado Benefício Socioeconômico (BSE). Essa possibilidade chegou a ser cogitada pelo reitor Burmann, ainda em 2016, mas ela acabou não se concretizando. Porém, com o recrudescimento financeiro que a universidade passa, essa situação voltou a ser colocada no horizonte, segundo o reitor. Neste final de semana, o Diário conta, em reportagem especial, os impactos que a UFSM tem sofrido com cortes orçamentários dos últimos anos. 

Leia mais: 

Para 2020, UFSM terá R$ 40 mi a menos em caixa
Em 10 anos, UFSM perderá 1 mil funcionários
Para manter obras, UFSM precisa de quase R$ 6 milhões para este ano

- Temos algumas possibilidades. Uma delas é reajustar os valores (das refeições) àqueles alunos que pagam. E, em último caso, o RU atenderia apenas os estudantes com benefício, sem os demais alunos e servidores. Não há, é bom que se diga, nada decisivo, conclusivo. Mas também não podemos deixar de considerar certas variáveis - pontua.

TABULADO
Ano passado, a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) teve um orçamento de R$ 23 milhões. Já para este ano, são R$ 14 milhões. De acordo com o pró-reitor titular da Prae, Clayton Hillig, o valor é insuficiente. O que é justificado, por ele, com base em números. A Prae desembolsa, em média, R$ 4,5 milhões por ano para custear auxílios (moradia, creche, de material pedagógico) e distribuição de bolsas para 4,3 mil estudantes.

Essa rubrica, explica Hillig, "é prioritária". Isso porque são acadêmicos que precisam de ajuda para se manter no Ensino Superior. É, justamente no benefício estudantil, que não se faz nenhum corte, assegura. Há ainda mais R$ 2,5 milhões anuais para manter o funcionamento dos RUs dos demais campi (Cachoeira do Sul, Frederico Westphalen e Palmeira das Missões). Só, com essas duas frentes, são R$ 7 milhões, sublinha o pró-reitor.

CONTA QUE NÃO FECHA
Sobrariam, então, outros R$ 7 milhões para manter o RU, do campus sede (no Bairro Camobi), em funcionamento. Porém, apenas no ano passado, o RU consumiu R$ 13,5 milhões para servir 5 mil refeições diárias à comunidade universitária (alunos, professores e servidores). Sendo que os estudantes com BSE representam 50% dos usuários dos RUs. Hillig lembra que, no ano passado, a UFSM deu início à terceirização do RU. A medida observa o próprio quadro, nos últimos anos, de restrição orçamentária e a ideia é que, uma vez efetivada a concessão do serviço (de refeição) a uma empresa privada, a universidade tenha uma economia de 30%.

Nos últimos dois anos, a reitoria retirou o suco e a sobremesa do cardápio e, em alguns dias da semana, cortou a carne também. O conjunto de medidas fez o custo do RU, no campus sede, sair de R$ 17 milhões (em 2018) para R$ 13,5 milhões (2019). Agora, a meta é que, no fim de 2020, o custo caia para R$ 12 milhões. Ainda que isso se concretize, faltariam R$ 5 milhões.

- Todos os movimentos têm sido feitos, nos últimos anos, para manter o RU em plena atividade. Porém, como o dinheiro não é suficiente, algo terá de ser feito. Até para que não deixemos desassistidos aqueles alunos com BSE - revela Hillig.



Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

Em 10 anos, UFSM perderá 1 mil funcionários

Próximo

Veja a agenda de atividades religiosas em Santa Maria

Geral